Jerónimo de Sousa apela no Coliseu
à mobilização e ao voto

Todos nesta batalha <br>são necessários

(...) Nestas elei­ções para a As­sem­bleia da Re­pú­blica está cada vez mais clara a opção que está co­lo­cada aos por­tu­gueses: per­mitir que se pros­siga o rumo de afun­da­mento, em­po­bre­ci­mento, ex­plo­ração, de­pen­dência que PSD, CDS e PS têm im­posto ao País e de forma agra­vada nestes úl­timos anos ou agarrar a opor­tu­ni­dade de, agora com o seu apoio e o seu voto na CDU, abrir ca­minho a uma rup­tura com a po­lí­tica de di­reita e à con­cre­ti­zação de uma po­lí­tica pa­trió­tica e de es­querda.

São estas as reais op­ções e não quais­quer ou­tras. Op­ções cada vez mais ali­cer­çadas na evo­lução da re­a­li­dade da vida po­lí­tica do País e con­fir­madas no ba­lanço que fa­zemos da pré-cam­panha elei­toral que agora ter­mina.

(...) O que posso trans­mitir-vos, neste início de cam­panha e com muitas ini­ci­a­tivas já re­a­li­zadas é que o sen­ti­mento que ro­deia a nossa cam­panha é de uma grande con­fi­ança na CDU, um apoio cres­cente a esta força em que as pes­soas re­co­nhecem um per­curso de co­e­rência, de ver­dade, de se­ri­e­dade.

O re­co­nhe­ci­mento de que na CDU re­side essa imensa força, a força do povo, a força com que os tra­ba­lha­dores e o povo sabem contar para de­fender os seus di­reitos mas também para des­bravar o ca­minho a uma po­lí­tica al­ter­na­tiva, pa­trió­tica e de es­querda ao ser­viço do povo e do País.

Sim porque na CDU re­co­nhecem os que não de­sertam nas horas di­fí­ceis, os que não se re­velam apenas nos pe­ríodos elei­to­rais.

Foi a CDU, e só a CDU, com que os tra­ba­lha­dores e o povo pu­deram contar quando foi pre­ciso com­bater in­jus­tiças e ex­plo­ração.

Sim esta grande força, a força do povo, que tem so­lu­ções para o País, que com­bateu como nin­guém o ac­tual Go­verno do PSD e CDS, que de­nuncia as ma­no­bras para per­pe­tuar a po­lí­tica de di­reita. Sim esta força que dá ga­ran­tias de que o apoio e os votos dos tra­ba­lha­dores, dos de­mo­cratas e pa­tri­otas pe­sarão na hora de de­cidir uma po­lí­tica pa­trió­tica e de es­querda.

(...) Bem se pode dizer que a CDU é gente séria.

Gente séria porque hon­ramos a pa­lavra dada. Com a CDU, os tra­ba­lha­dores e o povo sabem com o que podem contar, co­nhecem que o que di­zemos cum­primos, que não an­damos a se­mear pro­messas e men­tiras para ga­nhar votos, porque na CDU o voto de cada um é in­te­gral­mente res­pei­tado.

Gente séria porque es­tamos na po­lí­tica não para nos servir, mas para servir os in­te­resses dos tra­ba­lha­dores, do povo e do País.

(...) Gente séria porque leva a sério os pro­blemas dos tra­ba­lha­dores, dos re­for­mados, dos pe­quenos e mé­dios em­pre­sá­rios, dos jo­vens, porque na sua acção a CDU dá res­posta às suas in­qui­e­ta­ções e justas as­pi­ra­ções, porque li­gada à vida co­nhece e res­ponde às suas pre­o­cu­pa­ções e in­tervém na de­fesa de todos os que são atin­gidos pela po­lí­tica de di­reita.

O em­buste

(...) Mas o que esta pré-cam­panha também re­velou foi a iden­ti­dade, no es­sen­cial, das po­lí­ticas da­queles que têm go­ver­nado o País – o PS, PSD e o CDS – apesar do es­forço em con­trário da nada ino­cente cam­panha de bi­po­la­ri­zação po­lí­tica que está em marcha a co­berto dessa mis­ti­fi­cação da eleição para pri­meiro-mi­nistro.

(...) O que eles querem é vender a ideia de que a única opção nestas elei­ções é es­co­lher entre aqueles que têm a res­pon­sa­bi­li­dade de ter con­du­zido o País para a crise e o co­lo­caram à beira do abismo.

Es­co­lher entre dois males!

O que ficou muito claro, digam hoje que dis­serem, foi a sua comum res­pon­sa­bi­li­dade pela si­tu­ação de de­clínio, de­pen­dência, em­po­bre­ci­mento de Por­tugal e dos por­tu­gueses!

Foi a iden­ti­dade da sua ma­triz po­lí­tica que é, no es­sen­cial, a mesma. A mesma iden­ti­dade de pontos de vista que os tem unido na ofen­siva anti-so­cial e na sub­missão aos di­tames da União Eu­ro­peia e do euro.

(...) Dêem as voltas que derem, ar­gu­mentem como ar­gu­men­tarem, não che­gámos aqui por acaso.

Foi essa sempre a opção es­tra­té­gica que ori­entou PSD, PS e CDS: – res­taurar os pri­vi­lé­gios do grande ca­pital e o seu do­mínio sobre a so­ci­e­dade por­tu­guesa!

É o re­sul­tado de anos e anos con­se­cu­tivos das po­lí­ticas de di­reita do PS, PSD e CDS e dos seus go­vernos. É o re­sul­tado também de três dé­cadas de in­te­gração ca­pi­ta­lista na União Eu­ro­peia com o seu rol de im­po­si­ções e os seus ins­tru­mentos de do­mi­nação!

Por isso aí estão todos tão em­pe­nhados a tentar limpar a folha das suas res­pon­sa­bi­li­dades, a pôr o «conta qui­ló­me­tros» a zero, a en­co­brir as suas reais in­ten­ções em re­lação ao fu­turo.

É esse o maior em­buste que lan­çaram neste tempo de pré- cam­panha! O de que­rerem iludir o pas­sado, o de es­tarem a es­conder os pro­jectos de mais ex­plo­ração e em­po­bre­ci­mento que têm para o fu­turo.

É esse o grande pe­rigo que os por­tu­gueses têm di­ante de si.

Pe­rigos reais

Sim, ca­ma­radas, o que os par­tidos da po­lí­tica de di­reita e da troika re­servam aos por­tu­gueses, caso sejam go­verno, é a ma­nu­tenção da in­jus­tiça fiscal nos pró­ximos anos e a per­pe­tu­ação do au­mento brutal de im­postos sobre o tra­balho.

O que os por­tu­gueses podem es­perar é uma mo­di­fi­cação no sis­tema de Se­gu­rança So­cial pe­na­li­za­dora das pen­sões e das re­formas com novos cortes e a li­qui­dação e des­va­lo­ri­zação do con­junto das pres­ta­ções so­ciais.

Nesta ma­téria também PS, PSD e CDS con­vergem. Uns dizem mata, com a sua pro­posta de corte ime­diato de 600 mi­lhões de euros nas re­formas em pa­ga­mento, os ou­tros dizem es­fola com a sua me­dida de re­dução da TSU e con­se­quente des­va­lo­ri­zação a prazo das re­formas e pen­sões e da uni­ver­sa­li­zação da con­dição de re­cursos a todas as pres­ta­ções so­ciais que sig­ni­fi­carão novos cortes nas pres­ta­ções so­ciais de mais de mil mi­lhões de euros nos pró­ximos quatro anos.

O que PS, PSD e CDS têm para ofe­recer aos por­tu­gueses nos seus pro­gramas, é não só o pro­lon­ga­mento dos ac­tuais cortes dos sa­lá­rios e pen­sões, mas o con­ge­la­mento geral e des­va­lo­ri­zação das re­mu­ne­ra­ções do tra­balho até 2019, in­cluindo o sa­lário mí­nimo na­ci­onal, cuja ac­tu­a­li­zação é re­me­tida para as mãos do grande pa­tro­nato.

O que os por­tu­gueses que tra­ba­lham podem es­perar, para o fu­turo, destes três par­tidos são me­didas de agra­va­mento para pior das leis do tra­balho, de au­mento da pre­ca­ri­e­dade e do seu alar­ga­mento e a fa­ci­li­tação dos des­pe­di­mentos, ve­nham eles em­bru­lhados na falsa so­lução do con­trato único, dos des­pe­di­mentos fle­xí­veis ou não.

O que os por­tu­gueses po­derão en­con­trar nos anos que se se­guem com os par­tidos que têm go­ver­nado o País por turnos, é a ma­nu­tenção das taxas mo­de­ra­doras na saúde e a con­ti­nu­ação dos cortes no Ser­viço Na­ci­onal de Saúde, na Es­cola Pú­blica e nos ser­viços pú­blicos, con­ti­nu­ando a po­lí­tica de re­con­fi­gu­ração do Es­tado, ao ser­viço dos grandes in­te­resses eco­nó­micos.

(...) É este o seu pro­grama comum! Tudo isto ficou claro nestes tempos de pré-cam­panha, para além das pro­messas de uns e dos ce­ná­rios idí­licos e das contas e con­ti­nhas de ou­tros que apenas servem para co­brir a negra re­a­li­dade que nos deixam com o manto da fan­tasia.

É por isso que nós di­zemos que não basta mudar de go­verno, é pre­ciso também mudar de po­lí­tica!

Que não basta der­rotar o Go­verno de ser­viço é pre­ciso também der­rotar a po­lí­tica de di­reita!

A al­ter­na­tiva

(...) Cada vez mais se re­força a ina­ba­lável ne­ces­si­dade de romper com a po­lí­tica de di­reita e afirmar e con­cre­tizar uma po­lí­tica al­ter­na­tiva.

Uma po­lí­tica de rup­tura com as re­ceitas e ca­mi­nhos que afun­daram o País e com uma visão e ob­jec­tivos opostos aos que con­du­ziram Por­tugal ao de­clínio e em­po­bre­ci­mento.

Temos um Pro­grama que, com con­fi­ança, afirma que há al­ter­na­tiva e os pro­blemas têm so­lução. Que há uma outra po­lí­tica, pa­trió­tica e de es­querda, capaz de as­se­gurar o de­sen­vol­vi­mento do País, a ele­vação das con­di­ções de vida dos tra­ba­lha­dores e do povo e afirmar Por­tugal como nação so­be­rana e in­de­pen­dente numa Eu­ropa e num mundo de paz e co­o­pe­ração.

Uma po­lí­tica não só in­dis­pen­sável e ina­diável, como pos­sível e re­a­li­zável.

(...) Para a CDU não há he­si­tação. É do lado dos tra­ba­lha­dores, do povo e do País que nos co­lo­camos. Não, como fazem PSD, CDS e PS, do lado dos que im­põem ex­plo­ração, em­po­bre­ci­mento, su­bor­di­nação e sub­missão à União Eu­ro­peia e aos in­te­resses dos mo­no­pó­lios a que servem.

(...) Por isso po­demos afirmar com plena ver­dade:

Dia 4 de Ou­tubro o voto na CDU é o voto de todos quantos querem der­rotar o Go­verno PSD/​CDS. O voto em quem com au­to­ri­dade e ver­dade se pode apre­sentar a estas elei­ções com um per­curso claro e sem he­si­ta­ções de com­bate diário ao PSD e CDS.

Mas também o voto que conta para der­rotar a po­lí­tica de di­reita, para im­pedir que ela pros­siga por ou­tras mãos e ar­ranjos.

(...) O voto contra as mai­o­rias ab­so­lutas que al­guns, desde o Pre­si­dente da Re­pú­blica aos fi­gu­rões do grande ca­pital, de­se­ja­riam que hou­vesse, para po­derem pros­se­guir a po­lí­tica de afun­da­mento do País e de ruína das con­di­ções de vida dos por­tu­gueses.

(...) Os de­sa­fios que temos pela frente não são apenas dos can­di­datos. Não é apenas dos ac­ti­vistas da CDU, mas de todos aqueles – de­mo­cratas, pa­tri­otas – que não aceitam, nem se con­formam com o sis­te­má­tico afundar o País e a des­truição da vida dos por­tu­gueses.

Todos nesta ba­talha são can­di­datos! Todos nesta ba­talha são ne­ces­sá­rios! A vida não co­meça nem acaba no dia 4 de Ou­tubro. Mas a pri­o­ri­dade é esta ba­talha elei­toral.

(...) Dar mais força à CDU é afirmar que com a força do povo é pos­sível um Por­tugal com fu­turo, numa Eu­ropa dos tra­ba­lha­dores e dos povos.

Vamos para o com­bate que aí está. Vamos à luta com con­fi­ança!

(Tí­tulo e sub­tí­tulos da res­pon­sa­bi­li­dade da re­dacção)




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